vazios



“Brazilian Modernism – consolidated as fashionable by the 1960s – began as a moment of economic emergency, leading to the
construction of the Modernist masterpiece that is Brasilia. Contrary to Brutalism in the UK, in Brazil it was described as elegant and lyrical. The monumentality of the Brazilian tropics was reflected in these massive spaces of the new institutional buildings; the imposing tropical rainforest merging with the raw materials of the buildings. This interchangeability between interior and exterior space is reflected in the interrelation of materials used in Simoes’ Vazios (Empty, 2014); pseudo-monuments of concrete that frame vulnerable films of paper. The position of the latter is shaped by the solid structure of cement, in a tenacious determination to inhabit the space by finding its own form. As such, the sheets sexualise the concrete, weakening its hardness and questioning its certainties. The paper shapes fill the emptiness of the structures, discussing with it the texture of the material that will eventually crack and break up”.

extract from Maria Iñigo Clavo, for the exhibition “Perpetual Instability”, Space in Between Gallery, London. 


Português

“O Modernismo Brasileiro, tendo sua imagem consolidada nos anos 1960 – começou em um momento de crescimento econômico, levando à construção da obra prima moderna que é Brasília. Ao contrário do movimento Brutalista no Reino Unido, o Modernismo Brasileiro era descrito como elegante e lírico. A monumentalidade tropical Brasileira estava refletido em espaços imensos dos novos edifícios  institucionais; a imponente floresta tropical ao lado do matéria prima dos edifícios.
A permutabilidade entre espaço interior e exterior está refletida na interrelação dos materiais usados nos Vazios de Simões.
Pseudo-monumentos de concreto que emolduram delicados filmes de papel, cuja posição é determinada pela estrutura sólida de cimento, em uma persistente determinação de habitar um espaço pelo encontro com sua própria forma. Assim, as folhas de papel sexualizam o concreto, fragilizando sua rigidez e questionando suas certezas. As formas do papel preenchem os vazios das estruturas, colocando em questão a textura do material que eventualmente vai trincar e quebrar.”

trecho do texto de Maria Iñigo Clavo para a exposição “Perpetual Instablity” realizada na galeria Space In Between em Londres, onde foi apresentada a série “Vazios”




Vazio I
concrete and paper
concreto e papel
20 x 20 x 4cm


vazio II, 2014
concrete and paper
concreto e papel
42 x 22 x 7 cm




vazio III, 2014
concrete and paper
concreto e papel
34 x 26 x 5 cm


vazio IV, 2014
concrete and paper
concreto e papel
34 x 27,5 x 5 cm



vazio V, 2014
concrete and paper
concreto e papel
31 x 20 x 7 cm



vazio VII, 2014
concrete and paper
concreto e papel
56 x 32 x 5 cm